Bom diaaaa pessoal! Eu sei que é domingo mas eu já estou no pique, hahahaha Muita coisa pra fazer, pra trabalhar, então a gente tem mais é que aproveitar e se comprometer, né?
Vou falar sobre uma coisa incrível que rolou nessa terça passada (12/12), que foi o NodeGirls! Lembro quando o Henrique Schreiner me convidou para começar uma iniciativa de mulheres, mas que obviamente ele não poderia encabeçar por alguns motivos óbvios (hahahaha). Então, depois do insight que teve lavando louça (!), pensou em me chamar. E claro, eu adoro um desafio, topei na hora!
Fizemos uma reunião e comecei a tocar ficha no projeto. Marcamos uma data e começamos a correr atrás de pessoas e patrocinadores que podiam nos ajudar. A Umbler, como sempre, se disponibilizou totalmente, nos ajudando com brindes, ideias e espaço para divulgação. Sou muito grata à Thoughtworks que patrocina o Meetup do Node.js de POA (de onde o NodeGirls surgiu) e especialmente à Tânia ♥ e a Luiza ♥, que auxiliaram demaaaaaaaaaais com a organização tanto por Whatsapp conversando comigo quanto presencialmente (no caso a Luiza ♥). A TW patrocinou o coffee e nos disponibilizou um espaço incrível com direito ao projetor e vários computadores para a realização do DOJO :)
Pra quem não conhece, DOJO é uma técnica onde as pessoas vão codando de acordo com exercícios ou um fluxo. Às vezes pode ser sozinho, às vezes em par ou até mais pessoas assistindo e te auxiliando no código.
O evento foi organizado na plataforma Meetup com a base do NodePOA e tinham 75 pessoas confirmadas SÓ NO PRIMEIRO EVENTO! Fiquei apavorada hahahaha mas muito feliz. No fim, a gente sabe que nunca vai todo mundo que confirma, então vieram em torno de 25 mulheres. O que eu já achei INCRÍVEEEEEEL! Nossa, na real, de onde surgiu tanta mina? Que massa, cara!
Existiam mulheres maravilhosas naquelas 25: meninas que venceram ou lutam contra o machismo em escolas, faculdades, no trabalho ou na família. Toda mulher tem uma história desse tipo pra contar, né? Colou a linda da Rob, que deu uma palestra muito massa no Roadsec (e já tinha falado dela aqui), a Tatiane que foi uma das coordenadoras da trilha TDC Women aqui no TDC de Porto Alegre (♥), organizadoras do DjangoGirls, participantes do AfroPython (outro evento LINDO e que com certeza irei no próximo pelos tamanhos elogios e as camisetas incríveis hahahha), RH’s de empresas e startups que estão querendo conhecer mais sobre as maravilhas da diversidade na TI, etc… Nossa, se eu pudesse falar um pouco mais dos nomes e das mulheres maravilhosas que conheci naquele dia ou já tinha conhecido em Tchelinux, BrazilJS… eu ficaria um mês INTEIRO escrevendo esse post.
Mas vamos pro foco: comecei falando como foi a iniciativa. Como surgiu, quem patrocina, expliquei questões como Call4Papers (envio de palestras), sugestões e também sobre a diversidade no evento: homem pode ir sim se quiser! Precisam conhecer nossa realidade e nos ajudar nessa. Ninguém quer ser inimigo de ninguém, porque a gente já viu que isso não dá muito certo, né? O importante é todo mundo se unir pra acabar com o machismo dentro da TI e de qualquer lugar, porque ninguém merece ser assediada das mais diferentes formas em qualquer local, né? É aquela coisa, juntos a gente sempre é mais forte!
Depois de apresentar o evento, comecei explicando Node e seus conceitos básicos: o que era, como funcionava, quem criou, no que auxilia, vantagens e mostrei alguns códigos simples, como um hello world e também um chatzinho funcionando em socket.io, que é uma ferramenta muito legal para realtime :)
AÍ VEIO A PARTE MASSA: O DOJO! Eu não curto muito quando o meetup é só palestra 100%, acho importante existirem momentos de interação da plateia, como fishbowls, talks rapidinhas com direito à plateia apresentar projetos, etc. Então eu queria incentivar aquelas meninas a aprender e a codar. E nada melhor que fazer isso botando a mão na massa!
Foi muito lindo porque os pcs eram Mac e eu sinceramente não estava nem um pouco acostumada, e a maioria do pessoal também não. Então errávamos o código às vezes, nos perdíamos nos comandos, mas uma tava sempre ali ajudando a outra, berrando o código certo, esperando a outra terminar… Era exatamente isso que a gente queria. Essa história de rivalidade feminina? Pffff, aqui foi tudo umas pelas outras! Foi show demais!
Utilizamos o curso RealTime Web with Node.js da CodeSchool.
Depois rolou a talk das lindas da Inajara e da Júlia falando sobre testes em Express com Mocha e Chai. E como são chás, elas deram alguns exemplinhos de receitas. Achei muito legal!
Tivemos então o momento mais emocionante da noite: nós desligamos a transmissão, pedimos licença aos homens e, após fazer uma enquete com as gurias, resolvemos fazer um fishbowl exclusivamente feminino. Foi emocionante ouvir os depoimentos e ver que uma ajudou a outra, deu conselho, se abraçou. Foi lindo! Teve choro, teve abraço, teve grito de guerra… Quem diria que no primeiro evento já ia ser essa abertura, esse conforto, esse calor!
Foi uma experiência emocionante e o que eu deixo de lição para qualquer uma aqui é: não sabe? É iniciante? Não tem problema. Se você acha importante ter no seu local de trabalho, na sua cidade ou onde você estuda uma iniciativa com foco em mulheres, FAÇA! A sensação é recompensadora demais no final.
E já tem NodeGirls de novo, hein? Pelo sucesso e “by popular demand”, vai rolar na DBServer de Porto Alegre (que fica no Tecnopuc) um novo NodeGirls! Dia 23 de janeiro, às 19h. Quer saber mais? Corre aqui então no link do Meetup.
Obrigada a todos por essa oportunidade maravilhosa e nos vemos na próxima!
Obrigada também aos organizadores do NodePOA, em especial o Marcelo da Ilegra e o Henrique da E-Core ♥ Pelo incentivo e pela ajuda na organização física do evento.