Ontem (05/12) ocorreu o 9º meetup da comunidade de Node.js daqui de Porto Alegre. O evento aconteceu na Umbler, empresa que tenho muito orgulho de fazer parte :)
Vou contar um pouco mais sobre como foi essa experiência, afinal foi meu primeiro meetup como coordenadora de um evento. E olha, vou dizer: não foi brincadeira! Não consegui acompanhar tão bem as palestras porque sempre tinha alguma coisa pra fazer, hahahaha! Era água pra palestrante pra lá, organização de sorteio pra cá. Temos sempre que pensar como a pessoa que está vendo a palestra, mas tomar as atitudes: será que tá muito escuro? Que tal acender as luzes? E se o pessoal da live não está enxergando direito a palestra e os slides, o que dá pra fazer?
Nessas horas temos que ter muitos olhos e também muita atitude. Mas, no fim, tudo sob controle: o meetup foi um sucesso! Fiquei surpresa pela quantidade de pessoas que vieram, pois se tratando de Gravataí (que fica na zona metropolitana de Porto Alegre), muita gente acaba ficando com mais preguiça de ir, já que é mais longe. Mas a comunidade é sempre muito disponível e responsável: vieram, e vieram mesmo!
A primeira palestra foi do Palmer Oliveira, onde ele falou sobre Event Loop e sua implementação no Node.js. A ideia era passar para nossos expectadores como construir códigos melhores utilizando este conceito.
Depois, rolou uma palestra muito massa do Vinícius Silva, falando sobre alguns conceitos de testes em Node, como o mocha e o chai. O Vinícius escreveu vários códigos com os testes citados e mostrou pra galera como se faz :)
Tivemos um coffeebreak de respeito ontem: foi hambúrguer do BK! Eu nunca tinha visto nada igual em qualquer meetup, hahahaha! Eu sinceramente tenho pavooooor de hambúrguer assim, mas a maioria é que manda, né?
Também rolou sorteio de camisetas da Umbler e presentes para os palestrantes. Não dá pra negar, né? A Umbler sempre se puxa muito nos eventos :D
Após o coffeebreak teve, na minha opinião, a melhor palestra que vi num meetup. Fiquei simplesmente encantada com a palestra do Vinícius Linck sobre Hunting performance no Node.
Uma das coisas que mais gosto em palestras é quando elas não tem um foco tãaao técnico ou, caso sejam bem técnicas, os conceitos são bem esmiuçados. Isso é excelente, porque quando você dá palestras muito técnicas e não explica tão detalhadamente o código ou a tecnologia, qualquer coisa que a gente não entende já se perde, e muitas vezes perdemos todo o entendimento da palestra.
É muito importante que as apresentações tenham muitas imagens, explicações de fácil assimilação e que seja possível visualizar bem o que você está mostrando: cores muito claras em fundos claros, falta de contraste, letras pequenas… tudo isso torna cada vez mais difícil de entender o que a pessoa quer expressar. E dali, pro desfoque e distração é um piscar de olhos.
O que o Vinícius Linck fez foi uma aula, não apenas da tecnologia que ele queria passar, mas de boas práticas numa apresentação. Se você não conseguia ler, ele se importava e explicava o código. Mesmo conceitos famosos entre desenvolvedores (e que dão uma enorme dor de cabeça) como latência foram muuuuuito bem explicados por ele, nos dando inclusive uma outra visão de algo que teoricamente já aprendemos.
Uma outra coisa que eu acho INCRÍVEL nos meetups de linguagem de programação é quando esta linguagem não é tratada a pão-de-ló (como diria minha mamãe): a linguagem não está acima de um pedestal e nem é melhor que as outras. Temos que reconhecer quando uma linguagem de programação não funciona bem para algo que queremos. Eu adoro meetups em que as pessoas palestram sobre coisas que deram muito errado dentro daquele tema principal (seja em Node num meetup de Node, em C# num meetup de C#, e assim vai), pois isso ajuda pessoas que podem ter problemas parecidos a resolvê-los, além de agregar muito mais à comunidade do que simplesmente falar “NOSSA, ESSA LINGUAGEM É ÓTIMA, USEM!”.
E um último ponto sobre a palestra de Linck e que foi comentado no nosso fishbowl, é a importância de conhecermos a teoria e o que existe por trás de uma linguagem de software. Eu não fazia ideia de que a linguagem por trás do Node.js era C++. Olha o impacto da escrita do nosso código ao sabermos mais essa informação!
Muitas vezes não conhecemos a teoria da linguagem de programação e preferimos encontrar atalhos: módulos, bibliotecas complementares, entre outras coisas para tapar buraco. Às vezes o que queremos fazer já até existe na linguagem de programação nativa, mas por preguiça preferimos pegar algo que está mais na mão naquele blog de programação conhecido.
Tudo o que codamos temos que entender que tem um impacto. E a teoria é essencial para sabermos qual é o rumo que nosso código está tomando, não só para nós, mas também para outros que trabalharão com nossos projetos.
Foi incrível o quanto eu aprendi ontem. A imersão na comunidade é algo que tem me feito muito bem, e recomendo para todos. Agradeço a Umbler e ao Node.js POA por mais essa oportunidade :)
E não se esqueçam: dia 12/12 tem NodeGirls na TW!
Até mais pessoal!